Compartilho excelente texto do amigo Raul Longo.
Talvez
ainda se lembrem de quando Jorge Bornhausen propôs acabar com a raça do
PT por 30 anos. Não conseguiu nem por um dia, mas ficou muito brabo com
o Prof. Emir Sader porque o acusou de racista. E foi a juízo.
Força
do hábito pela justiça daqui sempre dar ganho de causa pro velho
Coronel. Mas a nível nacional a coisa é outra e o juiz favoreceu a
lógica da conclusão do Sader, provavelmente em consideração às ciências
antropológicas que conferem aos antropoides alguns espécimes de
diferentes raças, entre elas a humana. Uma única raça com diversidades
em suas origens étnicas.
Considerando
que o PT é uma agremiação humana, não há sentido algum em se referir
aos agremiados sob a sigla como raça. Além do que, quem expressa
intenção de acabar com uma raça por qual seja o motivo, não somente se
assume racista como se denota um genocida em potencial.
A
acusação do Sader foi abalizada pela justiça e o Coronel perdeu pela
evidência da lógica. Perdeu no Brasil, porque aqui em seu feudo a raça
Bornhausen se prolifera pra todo lado, cotidianamente segregando a
população humana de Santa Catarina.
O
governo do feudo é do Bornhausen e a administração da sede também é do
Bornhausen. Dessa vez diretamente, pois governador e prefeito são do
mesmo partido: o ex-DEM/PFL/ARENA/UDN. Mas em todos demais siglas
políticas há Bornhausen inseminado. Tanto que nas últimas eleições foi
apoiado pelo PSOL e até nos da “raça” do PT catarinense já houve surtos,
com ameaças de decapitações e incidências de interesses comuns.
Se
no resto do país a raça Bornhausen vem se extinguido em sucessivas
derrotas eleitorais, aqui assombra cada vez mais como aconteceu nesta
manhã à senhora de 62 de idade no terminal de transporte urbano do
centro, ao regressar de uma viagem ao Brasil.
Como
se sabe, no Brasil instituições públicas e privadas têm demonstrado
algum interesse em oferecer atendimento mais humano aos contribuintes e
usuários. Uma dessas formas é a de isentar pessoas com mais de 60 anos
do pagamento de tarifa de transporte público.
Isso
causou constrangimento ao monopólio do transporte coletivo dessa
Transilvânia e se viram obrigados a estipular a idade mínima de 65 anos
para a mesma isenção.
Consciente
da realidade do feudo em que vive há uma década e meia onde diariamente
utiliza o transporte coletivo, a senhora pagou a passagem para poder
passar pela catraca de entrada do Terminal Urbano do Centro, ao lado do
Rodoviário.
A
despeito do aumento populacional de Florianópolis, o monopólio do
transporte coletivo continua nas mãos das mesmas companhias que mantém
praticamente o mesmo número de veículos em circulação há duas décadas,
com redução de algumas linhas. Mas depois de pagar o acesso às
plataformas do terminal os passageiros têm o direito de escolher para
onde queiram ser transportado como gado. No entanto, cansada da longa
viagem interestadual e procurando evitar que sua bagagem incomodasse os
demais passageiros pendurados aos balaústres, a senhora dirigiu-se ao
cobrador solicitando o direito de usar a entrada da frente do coletivo
para poder se acomodar em um dos poucos assentos exclusivos para idosos,
todos desocupados.
Isso
de assentos destinados a idosos não pagantes é outra coisa que revolta
sobremaneira os bornhausens das companhias de transporte coletivo e ela
explicou já ter pagado para passar pela catraca de entrada do terminal.
Mesmo assim, o constrangido cobrador argumentou que por normas da
empresa ela precisaria pagar duas vezes. Sem outra opção a aposentada se
deixou lesar no valor de uma viagem a mais. Viagem que não fez, mas
pagou. E desconfiou...
Não
sem razão. Afinal, três anos a mais ou a menos em que interferem a
respeito de assentos vazios, ainda que teoricamente reservados aos
idosos?
Pelo
telefone confirmou serem mesmo as normas da empresa, pois, conforme a
atendente, se entrasse a fiscalização no percurso da viagem, teriam
problemas.
É de se imaginar o vexame: ônibus lotado e o fiscal achegando-se aos cabelos brancos da senhora: “-
E aí guria! Mostre seus documentos e se não tiver completado 65 anos
vai lá pra trás. Tens de viajar em pé porque aqui não é lugar de
fedelhas!”
Mas se pagar duas vezes a passagem de uma única viagem, pode. Qual a lógica?
Suponha-se
uma situação: adentra pela frente do ônibus meia dúzia de skinheads
(jovens de mentalidade bornhausiana) e pagam por vinte viagens de ida e
volta. Nesse dia todo idoso do hipotético bairro terá de viajar em pé: “-
Aí coroa! Ninguém mandou chegar nos 80. Nóis só tem 20, mas temo
dinheiro pra arrematar os assento só pra vê tu te fodê aí pendurado. Te
agarra na bagagem se não quiser dar de cara no chão!”
Haveria
muito mais a contar sobre o deficitário transporte público de
Florianópolis, das absurdas normas da TRANSOL – Transportes Coletivos, a
maior empresa do loteamento das linhas urbanas desta cidade, ou das
demais; mas a intenção aqui não é de tentar provocar alguma melhoria nas
relações humanas entre instituições privadas e públicas com seus
usuários e contribuintes catarinenses, pois se sabe perfeitamente que
Brasil é do brasileiros e este feudo de Santa Catarina é do Bornhausen e
sua raça.
Não
há o que o plebeu catarinense possa fazer a não ser deixar de eleger os
espectros do mesmo grupo a cada dois anos. Mas como, se todos os
políticos daqui são do Bornhausen?
Empresários
também e, pela inutilidade e por ser exaustivo, resume-se essa
exposição apenas ao relato de como a mesma usuária que no Brasil não
precisou pagar por nenhum transporte urbano e nem mesmo pelo
interestadual, aqui teve de pagar por duas viagens para utilizar uma
única sem incomodar ninguém com sua bagagem.
Não
se estenderá aqui por considerações sobre tarifas mais altas do que as
do Brasil para percursos bem menores e um serviço disponibilizado em
média de espera de 40 minutos à uma hora, que se designa como sistema de
transporte integrado apesar de nordeste a noroeste desta ilha estreita
se ter de aguardar igual tempo por cada um dos três ônibus que
interligam distâncias comparáveis às da Barra Funda à Baixada do
Glicério em São Paulo ou do Flamengo à Ipanema no Rio de Janeiro. Se
tanto!
Divulgar
as realidades deste feudo ao Brasil não promoverá melhoria nas relações
humanas catarinenses e apenas o que se pretende com essa exposição é
oferecer uma contribuição à zoologia para a compreensão do comportamento
e dos processos de reprodução e disseminação da raça Bornhausen.
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