sexta-feira, 24 de abril de 2020

Adeus, Atahualpa!


Atahualpa entrou na minha vida em uma tarde de dezembro de 2007, era uma bola de pelos pretos, tão pequenininho que cabia nas palmas das minhas mãos. Aquele cachorrinho era tão lindo e tão frágil, quem poderia adivinhar que ele se tornaria um cachorro tão inteligente, tão feliz, que viveria tantas aventuras e conquistaria tantos amigos, bichos e humanos. Ganhou até um livro com os registros dos seus feitos, quem poderia imaginar uma coisa dessas.
Naquele primeiro dia eu já soube que teríamos uma forte ligação, que seríamos amigos de muitas aventuras. Atahualpa se tornou meu companheiro diário nas tardes de trabalho, quantas dias eu precisa ficar com meus pés inertes para que ele pudesse dormir, como ele gostava de dormir em cima dos meus pés.
Em alguns dias de pouco trabalho nós ficávamos brincando por muito tempo, ele até aprendeu a falar em uma dessas brincadeiras.
Enquanto Atahualpa crescia eu ficava cada vez mais encantada com ele, não era um simples cachorro, só quem o conheceu vai entender isso.
O Atahualpa mudou de casa, depois mudou de cidade, ficamos distantes mas ele nunca esqueceu de mim e nem das nossas brincadeiras. Sempre que nos encontrávamos era uma festa, uma alegria sem tamanho.
Hoje eu soube que ontem o Atahualpa partiu, minha bolinha de pelos virou estrelinha. Estou sentindo uma dor enorme pois nunca mais vou ouvir seus latidos, nunca mais vamos brincar com seus bichinhos, nunca mais ele vai correr e pular em mim, ficar me lambendo e chorando de felicidade por estarmos novamente juntos. Eu sinto tanta saudades e nunca mais vai passar. Meu amiguinho de quatro patas, te amarei pra sempre.


Atahualpa, presente!


Blumenau, 24 de abril de 2020

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