(Para Shirlei e Tamajara, as irmãs que herdei)
Tu vieste de terras distantes,
De terras d'além mar.
Deixaste pra trás a família, a pátria querida, o amor.
Ah! Quanta saudade sentiste, mas nunca mais pudeste voltar!
Vieste para uma terra que não era tua,
Que não tinha os teus costumes, tua cultura, tua comida.
Não vieste fugindo da fome e da guerra, a procurar uma vida melhor.
Não! Tu não querias vir, mas obrigaram-te,
Roubaram-te da mãe África,
Arrancaram-te de casa a força.
Quantas lágrimas derramaram por ti do outro lado do mundo,
Quantas lágrimas do lado de cá tu derramaste.
Na tua terra eras nobre.
Aqui, escravo.
E como escravo foste mantido tanto tempo,
Tratado como se fosse objeto, quiçá mercadoria.
Mas não eras, eras homem.
E como homem lutaste, conquistando o direito de ser tratado como gente.
Não podiam mais manter-te acorrentado, estavas quebrando os grilhões.
Então veio a Lei Áurea, aquela que não libertou.
E tu passaste de escravo objeto, a excluído favelado.
Quando tentavas fugir, te caçava o Capitão do Mato,
Hoje quem te caça é o Capitão do BOPE.
Mas foste tu, irmão Negro, quem construiu as riquezas desta terra.
Foste tu quem plantou e colheu o café, a cana-de-açúcar...
Com teu suor e sangue encharcaste esta terra.
É do suor e sangue dos teus que brota todos os dias a luta;
A luta, por liberdade.
Segue irmão. Segue firme na batalha, não desiste.
Como os teus acreditaram, acredites também conquistar a liberdade!
========
PS: Texto publicado em diversos sites, inclusive com tradução para o espanhol.
Tu vieste de terras distantes,
De terras d'além mar.
Deixaste pra trás a família, a pátria querida, o amor.
Ah! Quanta saudade sentiste, mas nunca mais pudeste voltar!
Vieste para uma terra que não era tua,
Que não tinha os teus costumes, tua cultura, tua comida.
Não vieste fugindo da fome e da guerra, a procurar uma vida melhor.
Não! Tu não querias vir, mas obrigaram-te,
Roubaram-te da mãe África,
Arrancaram-te de casa a força.
Quantas lágrimas derramaram por ti do outro lado do mundo,
Quantas lágrimas do lado de cá tu derramaste.
Na tua terra eras nobre.
Aqui, escravo.
E como escravo foste mantido tanto tempo,
Tratado como se fosse objeto, quiçá mercadoria.
Mas não eras, eras homem.
E como homem lutaste, conquistando o direito de ser tratado como gente.
Não podiam mais manter-te acorrentado, estavas quebrando os grilhões.
Então veio a Lei Áurea, aquela que não libertou.
E tu passaste de escravo objeto, a excluído favelado.
Quando tentavas fugir, te caçava o Capitão do Mato,
Hoje quem te caça é o Capitão do BOPE.
Mas foste tu, irmão Negro, quem construiu as riquezas desta terra.
Foste tu quem plantou e colheu o café, a cana-de-açúcar...
Com teu suor e sangue encharcaste esta terra.
É do suor e sangue dos teus que brota todos os dias a luta;
A luta, por liberdade.
Segue irmão. Segue firme na batalha, não desiste.
Como os teus acreditaram, acredites também conquistar a liberdade!
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PS: Texto publicado em diversos sites, inclusive com tradução para o espanhol.
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